quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Eu to tão cansada e exausta de ficar aqui, esperando você chegar pra poder continuar a vida, pra viver.
Sentada no mesmo lugar onde você me deixou, espero sem animo, entediada e um pouco triste com essa situação, você vem me leva no seu carro pro mundo, me faz rir e ver as cores, as paisagens, sentir os sabores e o vento. Mas quando vai embora, eu fico aqui, esperando por você, sem saber como fazer isso sozinha, sem ter chance, ou vontade própria. É como se sem você as coisas não tivessem o mesmo gosto e graça, o sorriso não vem tão fácil, e quando vem, é fraco.
Você finalmente me conquistou de vez. Fez-me sentir todas as dores e todos os amores que eu pude ter. Levou-me no seu abraço forte até o azul do céu, eu nem conseguia respirar de tanta alegria. Mencionou frases, palavras, mas foi quando não disse nada, que me tocou mais profundamente.
Volta e trás com você meu riso, meu ar, minha paz. Eu quero de volta toda a vida que você me ofereceu, me mostrou como numa vitrine, me fez desejar ter tudo aquilo, mas sem condições, não pude ficar com nada.
Eu te quero do meu lado, sem sumir, sem ir e vir.
Quero-te quietinho, bem feliz no meu abraço.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Quando chegamos num certo ponto, num certo fim, que muitas vezes tanto tentamos negar, é que temos a real certeza de que não devemos ‘mexer’ nas coisas do passado.
Passou, foi-se, como o sol que chega e se vai em nossa vida todos os dias, assim como milhões de outras coisas mais ou menos importante, dependendo do ponto de vista de cada um.
Mais uma vez o tal ponto.
Ponto de inicio, ponto final, ponto de referencia, ponto de vista, ponto estratégico, ponto sem querer, ponto, ponto, ponto.
Remoer historia, rever fotos, desenhos, ler frases que significaram muito, ler frases que significam muito, ouvir musicas que foram sua trilha sonora no passado, ouvir musicas que te dizem que acabou no presente.
E aquilo tudo que parecia perfeito, mágico, sideral, eloqüente o suficiente, ecoando em sua mente, gritando através do seu corpo toda vez que lembrava quase sem cor e sem sentimento de momentos que viveu hoje simplesmente deixa apenas um gosto na boca, que não tem gosto, não é salgado nem doce, nem azedo ou amargo. É o gosto que o fim deixa nos lábios de alguém que entendeu a hora de dizer adeus.
E a vida é assim, você diz adeus na hora errada, anos depois se arrepende e quer dizer ‘Olá’. Pode até dizer, pode até manter uma conversa longa, animada, ou simplesmente algumas trocas de frases sem graça com alguém, mas depois de um tempo, depois de sentir tudo aquilo que sentiu antes, passa.
Você continua lembrando da pessoa, sabendo da vida dela, mas em ti, isso não gera sentimento ou emoção alguma. É o tal do esquecimento.
Um esquecimento um tanto quanto esquisito, você esquece, mas não esquece.
É só que agora o lembrar não lhe causa efeito.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Eu não tinha muito, mas o que tinha quis repartir com você. Quis que você entendesse onde estava prestes de ‘entrar’, que se preocupasse em saber realmente se era isso tudo que você queria, se estava nos seus planos passar por momentos difíceis, e se você estava disposto a lutar, mas não para vencer, apenas para lutar.
Foram idas e vindas, e eu perguntava-me sempre como é que você voltava, depois de toda a dor, depois de toda a felicidade jogada fora, mas ai eu percebi um fiozinho fino e sensível, tão suave, pintado com tinta azul, ele balançava com o vento, pra lá e pra cá. Esse pequeno e frágil fio azul, que às vezes era invisivel, ele nos prendia, nos segurava um ao outro para que ambos fossem e voltassem, nessa dança mágica que o tempo nos prega quando quer que a gente aprenda uma lição.
Eu entendi aquelas palavras que teus olhos me falaram naquela noite estranha e fria.
Percebi que você estava tão exausto, e percebi seu coração desbotado, batendo lentamente, mas você tinha um ar de aflição, e eu fiquei com medo do que eu podia sentir por você naquele momento.
No inicio não poderíamos saber. Você era tão alto, que sempre que eu te olhava podia enxergar o azul do céu limpo e sem raios. Deixei-me levar por tudo aquilo sem imaginar que um dia, o céu que eu vi tão lindo e calmo, se transformaria numa tempestade forte, com ventos que doíam toda vez que passavam por entre minha pele.
Naquele dia que precisava de proteção, estava sozinha, mas não me sentia abalada por nada. Só queria um abraço quente e uma nuca pra refugiar meu nariz rosado de frio.
Eu pensei durante muito tempo naquelas frases que voaram no sol, relembrei de sorrisos, musicas, fios de cabelo e até mesmo de promessas. Eu nunca antes havia recordado de promessas. Recordei das nossas.
Isso me pareceu tão bobo, tão fraco. Era como se tudo aquilo que imaginamos grande e mágico, que parecia refugio e certeza, não passasse de apenas um ‘quem sabe’.
E aquela frase clichê que você me disse e que eu já havia ouvido tantas vezes, não me fez balançar nem tremer de alegria.
Sei que se o pequeno fio que nos prende um ao outro estourar, arrebentar ou for cortado, não chorarei ou sofrerei.
Tudo que vivi foi o suficiente.
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